Arjan Martins
Arjan “reistoriciza”, malgrado o patriarcado escravocrata, a decisiva liderança da mulher negra provedora: mães de santo, amas de leite, cozinheiras, tias dos terreiros do samba. Cada uma delas é uma anti-A Negra de Tarsila.
– Paulo Herkenhoff, Um Modo De Ser Angelus Novus, 2018
Artista brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder, o artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo.
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Forrobodó
9 Setembro 2023 - 13 Janeiro 2024 Rio de JaneiroA Gentil Carioca tem o prazer de apresentar Forrobodó, exposição coletiva que marca os 20 anos da galeria e celebra o potencial político, poético, estético e erótico das ruas, com...Leia mais -
Arjan Martins | Hemisfério 1
8 Outubro - 12 Novembro 2022 São PauloA Gentil Carioca convida para a abertura de Hemisfério 1, exposição individual de Arjan Martins. Na mostra de trabalhos inéditos, o artista investiga questões raciais históricas em função da...Leia mais -
Bum-bum Paticumbum Prugurundum
7 Agosto - 9 Outubro 2021 São PauloAleta Valente, Ana Linnemann, Arjan Martins, Cabelo, Ernesto Neto, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Laura Lima, Marcela Cantuária, Maria Laet, Maria Nepomuceno, Maxwell Alexandre, OPAVIVARÁ!, Renata Lucas, Rodrigo Torres,...Leia mais -
Arjan Martins | Descompasso Atlântico
22 Abril - 25 Junho 2021 Rio de JaneiroAcesse o viewing roomLeia mais -
todo poder à praia!
27 Novembro - 6 Dezembro 2020 Rio de JaneiroAcesse o viewing roomLeia mais -
Encruzilhada Gentil
7 Outubro - 31 Dezembro 2020 Rio de JaneiroAcesse o viewing roomLeia mais -
Arjan Martins | Et Cetera
22 Outubro - 21 Dezembro 2016 Rio de JaneiroAs pinturas de Arjan e suas fontes fotográficas Na última ocasião que encontrei Arjan ele levava um livro de Sepp Werkmeister que, nos anos sessenta, retratava os habitantes de...Leia mais -
Alma: Acervo Gentil
16 Julho - 20 Agosto 2016 Rio de Janeiro
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Arjan Martins: “Colecionismo negro é quase uma intenção utópica de público alvo para mim”
Eduardo Simões, ARTE!Brasileiros, 10 Nov 2022 -
Arjan Martins reinventa o modo de representar pessoas negras nas artes plásticas
Matheus Rocha, Folha de São Paulo, 12 Set 2021 -
La prolija levedad del ser
Daniel Tomasini, Revista Dossier, 21 Nov 2019 -
IV Biennial of Montevideo brings up Arjan Martins and André Severo
Prêmio Pipa , Prêmio Pipa , 31 Out 2019 -
Indicado em outras cinco edições, Arjan Martins é o vencedor do Prêmio Pipa 2018
O Globo, 10 Out 2018 -
Mostra 'Ex Africa' destaca produção contemporânea de artistas do continente
Nelson Gobbi, O Globo, 15 Jan 2018
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Sem título [Untitled], 2020
4 Fev 2021Os rostos de muitas de suas figuras negras são recorrentemente borrados de tinta e de pinceladas aflitas e elegantes. Ao mesmo tempo em que remetem...Leia mais -
Sem título [Untitled], 2020
4 Fev 2021Os rostos de muitas de suas figuras negras são recorrentemente borrados de tinta e de pinceladas aflitas e elegantes. Ao mesmo tempo em que remetem...Leia mais -
Timelapse da montagem de Atlântico, 2018
Arjan Martins 25 Out 2019'Atlântico', de Arjan Martins, é uma das obras expostas no MARGS, durante a 11ª Bienal do Mercosul. Vídeo de EROICA conteúdo, direção de Caio Amon....Leia mais -
Arjan Martins: O Estrangeiro / Brasilea Foundation, Basel
13 Jan 2017In this video, we are attending the opening reception of Arjan Marins’ solo exhibition O Estrangeiro (The Foreigner) at Brasilea Foundation in Basel, Switzerland. Running...Leia mais -
Arjan Martins: O Estrangeiro / Brasilea Foundation, Basel
11 Ago 2011
Artista brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. São latentes nas obras de Arjan Martins conceitos sobre migrações e outros deslocamentos de corpos e presenças entre espaços de luta e poder. O artista desenvolve uma técnica pictórica ímpar durante o processo de construção de suas telas e aborda as diásporas e os movimentos coloniais que se deram em territórios afro-atlânticos. Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo. Seus desenhos e croquis se intensificam e se fundem aos gestos largos e expandidos que ultrapassam o fluxo da mão do artista. O diálogo com o anacronismo do tempo é visível, suas pinturas vão além de rastros do passado e se tornam ensejos das cinzas de um tempo cíclico. Como em “Ágatha", uma pintura onde Martins cria um retrato de benção e despedida familiar a partir da história de uma criança baleada pelas costas na Favela do Alemão, Rio de Janeiro, em outubro de 2019, quando voltava para casa com sua mãe em uma Kombi e cruzaram uma violenta operação policial. Uma crítica a infância interrompida e ao apartheid cometido pelo poder institucional - que vem matando centenas de corpos negros em todo o Brasil. A tela “Ágatha", assim como outros trabalhos do artista, revelam reivindicações políticas a partir do espaço pictórico. Equidade de direitos para os corpos negros, o direito básico a creches, parques, bibliotecas e transportes figuram nas telas de Arjan como imagens da ausência. A arte é um meio de comunicação e de demandas sociais para o artista, que pinta o direito à vida através de representações carregadas de significados.
Em 2023, participou das coletivas “Um oceano para lavar as mãos”, mostra inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis; e “Dos Brasis”, no Sesc Belenzinho, São Paulo. Em 2022, participou da coletiva “Atos de revolta: outros imaginários sobre independência” no MAM do Rio de Janeiro e inaugurou a individual “Hemisfério 1” n’A Gentil Carioca de São Paulo. Em 2021, inaugurou a individual "Descompasso Atlântico" n'A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, participou da Bienal de São Paulo e da coletiva "Bum bum praticumbum" na sede paulista da galeria. Em 2020, realizou uma exposição na Fundação Rema Hort, em NY. Em 2019, participou da Residency Unlimited, também em NY, com o apoio do Prêmio Pipa, recebido em 2018. Ainda em 2019, apresentou uma grande pintura inédita, de 300 x 600 cm, realizada especialmente para a 4ª Bienal de Montevidéu, no Uruguai, além das individuais no The Armory Show em Nova York e no The Historian’s Craft no ICA Milano, na Itália. Em 2018, participou das exposições “Naufrágio Revisto de Géricault”, promovida pela Goethe-Zentrum Baku, no Azerbaijão, “Recortes da Arte Brasileira”, na Art Berlin Fair e “Fratura”, no Instituto Tomie Ohtake, além de ter integrado a exposição itinerante “Ex-África”, promovida pelo CCBB na 11ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Em 2017 realizou a individual “O Estrangeiro” na Fundação Brasilea, na cidade da Basileia, Suíça. No ano de 2016 realizou a individual “Et Cetera” na galeria de arte A Gentil Carioca, Rio de Janeiro. Em 2014 participou da coletiva “Do Valongo à Favela”, no Museu de Arte do Rio - MAR e realizou a individual “Américas” no MAM Rio. Em 2006 participou da 7ª Bienal de Dakar, no Senegal. Em seu currículo, acumula os Prêmios PIPA 2018, na seleção de júri de premiação e categorias de voto popular, o Prêmio de Residência Artística na África, promovido pelo Goethe Institut na cidade de Lagos, na Nigéria em 2017 e o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea, da Funarte em 2015.
Suas obras estão entre importantes coleções como: Pinacoteca do Estado de São Paulo; Coleção Gilberto Chateaubriand I MAM Rio; Itaú Cultural; Instituto Pipa; Pérez Art Museum Miami; Africana Art Foundation e Peg Alston Fine Art