Maria apresenta seu novo grupo de trabalhos, “Gira”. Memórias de um imaginário poético e pessoal tornam-se matéria-prima com a qual a artista acessa as próprias origens, trazendo materiais e símbolos ancestrais como mantras de formas que se repetem e se concretizam nas obras. Elementos como a palha trançada fazem referência à figura do cordão umbilical - um conector de gerações que perpetua o ciclo vital e se materializa em espirais nas criações de Maria. As obras são organismos vivos que compõem uma natureza imaginária, sugerindo uma ideia de circularidade, movimento e constante expansão. A vivacidade e dinamismo de seu ateliê, nas raízes de Santa Teresa, se tornam parte fundamental do trabalho. Objetos do ambiente de criação são incorporados às esculturas e ressignificados enquanto seres que habitam universos sem fim ou começo. A experiência de ocupar a atmosfera das obras gera a sensação de infinitude e aponta um crescimento exponencial desses organismos que, por um impulso de vida, retomarão a totalidade do espaço.