CICLOVIAÉREA - TRECHO INAUGURAL [MAM - RIO DE JANEIRO]

  • Jarbas Lopes apresenta o Trecho Inaugural [MAM - Rio de Janeiro], uma obra que estabelece, de forma mais próxima, a visualização e a prática da proposta original da CicloviAérea, revelando, para as dimensões da realidade, seus ideais. Trata-se de uma estrutura simultaneamente estética e funcional, projetada para o exercício de contemplação interativa que consiste numa visão estética de futuro para hoje.

  • O Trecho Inaugural é um desdobramento fundamental do projeto CicloviAérea, assumindo várias vertentes de ações na expressão da arte em seu desenvolvimento, vai desde a criação de um imaginário, suportes e contextos, que exploram simultaneamente a sua dimensão poética e conceitual, para chegar nos aspectos práticos, precursores da sua concretização material, que incentiva diálogos para sentidos utópicos possíveis.

     

    A estrutura, projetada em parceria com o Thorsten Nolte do escritório de arquitetura Lampreta Nolte, é composta de dois planos - Plano elevado: com a ciclovia, uma grande praça com escadas, duas praças menores, dois abrigos para dormir ou descansar e um elevador para pessoas com necessidades especiais. E o Plano no nível do chão (abaixo do plano elevado): dois banheiros, uma sauna, uma praça grande, um abrigo para prática de massagem e um espaço para trocas culturais e multifuncional, contendo uma oficina de reparos para bicicletas. A estrutura ainda terá um sistema próprio de energia elétrica renovável, gerada por placas solares e energia eólica.

     

    O projeto visa realizar a obra de arte Trecho Inaugural da Cicloviaérea, e sua exposição por 3 meses na área externa do MAM do Rio de Janeiro, no intuito de promover uma experiência reflexiva e interativa sobre os fenômenos das cidades, da relação com o espaço público, sobre a mobilidade e a sustentabilidade. Criando um evento de arte aberto a colaborações artísticas e em diálogo direto com as tecnologias diversas, que parte da dinâmica experimental, tendo como ação condutora, a possibilidade do público circular sobre a pista elevada por 16 bicicletas que serão disponibilizadas, mais a realização de um seminário.

     

    Toda a experiência será alocada e ampliada em um Site e um Blog e as questões envolvidas no acontecimento de um seminário intitulado Utopias Possíveis na tecnologia do corpo, complementado um ciclo de pensamentos e ações sobre aspectos da arte contemporânea.

  • CICLOVIAÉREA

    2001 ficção re-vista para o dia a dia.

     

    CicloviAérea é um projeto de arte que consiste numa visão estética de futuro para hoje. Uma ideia concebida na criação de um imaginário que visa a construção real de ciclovias elevadas, para promover e facilitar o uso da bicicleta, junto das questões que essa prática pode desenvolver dentro do cotidiano de transações urbanas. Na CicloviAérea tem para você Diversão, Arte e Lazer.

     

    Nascicloviaerea

     

    Uma construção humana que desvia do sentimento apocalíptico, conciliando e evidenciando a Tecnologia do Corpo, o corpo por onde tudo passa; em seu pleno funcionamento, de espírito, de movimentos, no empenho que vai além do muscular e do econômico, sem combustão, com simpatia, empatia, telepatia, técnicas milenares de yoga, canto, dança e meditações. O corpo fluindo a energia do corpo, o corpo fluindo a energia mecânica da bicicleta. Um ideário que apresenta essa simbiose, entre homem e máquina, como expressão primeira de uma harmonia mais abrangente, do sujeito consigo próprio, com o outro, a sua comunidade e o meio natural.

     

    Intervenção pública arquitetônica, materializada numa obra que prioriza o trânsito de bicicleta e a busca de uma resposta positiva para os anseios da convivência social, efetivando, afetivamente o ciclismo no dia a dia. Uma ponte para re-ligar, pessoas ao meio natural e ao próprio corpo, amparada com as atuais e vastas conquistas tecnológicas.

     

    A visão de futuro para o presente, estabelecendo o equilíbrio, na tecnologia do corpo, prazer e esforço sem combustão, 50% homem, 50% máquina. Com a fala da arte baseada na colaboração, abrindo espaço para o encontro, o trabalho coletivo e estratégias - Elevar a pista para estabelecer um outro plano para a cidade, um plano leve, fazendo uso da alta tecnología, evitando grandes impactos no solo e no meio ambiente.

     

    Planejando a urbe, incentivando um meio de transporte limpo, pistas suspensas sobre a cidade, conectando lugares independente do fluxo de carros, te leva para onde for em um percurso suave a seu favor, obra escultórica-arquitetônica mesclando pessoas na continuidade do que está ao redor, a paisagem.

     

    Desde 2001 - o primeiro ano do segundo milênio, que a proposição CicloviAérea vem sendo desenvolvida (quando foi lançada publicamente ao mostrar a primeira obra criada, uma bicicleta Cicloviaérea, no Centro Cultural São Paulo), criando um imaginário coletivo junto do espaço real, com Textos Enunciados, Desenhos, Bicicletas, Fanzines, Maquetes, Trecho Experimental Móvel e Trecho Inaugural, músicas, ações e exposições.

     

    [A ideia da CicloviAérea por Jarbas Lopes]

    [Texto das ist Samba? Samb(ist)a Luis Andrade / outubro 2007]

     

    Samba

     

    Fenômenos da Arte

     

    Ficha Técnica

  • Bicicletas série CicloviAérea - Ativas para o uso, possibilitam uma experiência estética que se estende a intervenções públicas, difundindo nas ruas uma conversa sobre as propostas da CicloviAérea. As bicicletas são artesanalmente modificadas com tramas de vime ou borracha. Elas simbolizam a imagem precursora e a concretização material da ideia da Cicloviaérea; 50% homem 50% máquina.

     

    Papo de bicicleta

  • Desenhos percursos, via imaginação, que refletem e criam o imaginário abstrato da CicloviAérea. Sao concebidos pelo diálogo entre formas e o pensamento, influenciados principalmente pela sensação de que, o que habita o pensamento, a CicloviAérea, já está pronta e sendo vivenciada no dia a dia, alimentando um fluxo de estímulos e ideias para essa conversa desenho, reforçando ainda mais o exercício dessa linguagem, inata a todas as pessoas, como uma instigante dinâmica para o pensamento.

     

    Os desenhos são feitos com canetas esferográfica, nas quatro cores básicas, azul, vermelho, preto e verde, sobre papel A4 em diferentes cores. 

  • Os Trechos Experimental Móvel, é uma instalação que abre o primeiro passo em direção a prática real do projeto CicloviAérea, elaborando um exercício da proposta de ciclovias elevadas no espaço público. Promovendo ao seu redor um evento afetivo de encontros em colaborações criativas na expressão da arte, música e poesia. Ele é composto por uma estrutura de ferro e madeira desmontável, medindo 60m x 1,60m x 1,00m e foi pela primeira vez em 2008 experimentado em Maricá, seguido para diversas outras cidades. (Centro do Rio de Janeiro em 2009, em Santiago do Chile em 2010, no Parque do Ibirapuera de São Paulo em 2011, em Brasília em 2013, em Curitiba em 2014 e Sesc Nova Iguaçú em 2016 e Sesc Belenzinho-SP em 2017)

  • Plano Real, são obras escultóricas que possibilitam a visualização do projeto em menor escala, composta por maquetes de projetos do arquitetônicos elaborados por Jarbas em parceria com escritório de arquitetura Lompreta Noltes.

  • CicloviAérea já participou de diversas exposições, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba, Berlim, Santiago do Chile, Phoenix – USA. Tendo participado ainda nas Bienais de São Paulo a 27a em 2006 e de Habana- Cuba em 2005. As obras, Bicicletas e Desenhos desta série se encontram em diversas coleções públicas e privadas, dentre elas destacamos o Instituto Inhotim em Minas Gerais-Brasil, no Moma e no Bronx Museum - New York-EUA.

  • abaixo deixo algumas referências de outros trabalhos que dialogam com a proposta:

  • Jarbas Lopes (Nova Iguaçu, RJ, 1964)

  • Vive e trabalha em Maricá - Rio de Janeiro. Artista brasileiro, movimenta ideias, ressignifica objetos, idealiza magias e amplia, a partir de suas obras, o conceito de utopias possíveis. Seu processo criativo permeia uma reconfiguração dos objetos e das experiências estéticas, dando-lhes um novo significado e movimento, sempre permeados por um tom crítico. Suas esculturas e pinturas interativas fazem uma fusão equilibrada entre tempo, espaço e circunstâncias práticas e ideológicas como participação coletiva, sociabilidade para espaços públicos e usos compartilhados da cidade. O artista usa essa potência para trabalhar e esticar a plasticidade a tensões máximas, sua obra “Cicloviaérea”.

     

    Em 2020, realiza sua terceira exposição individual na A Gentil Carioca. Em 2019, participou das coletivas "Samba in the Dark", na galeria Anton Kern, em NY; "Brasil! Foco na Arte Contemporânea Brasileira", no Museo Ettore Fico, em Turim, Itália e "O que não é floresta é prisão política" na Ocupação 9 de julho do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), São Paulo. Suas obras estiveram presentes também na III Bienal de Gaia, em Vila de Gaia, Portugal. Em 2018, durante a exposição "Via Aérea", realizou uma grande intervenção artística no pátio externo do Sesc Belenzinho, em SP. Em 2017, exibiu as individuais "XXXY", na galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro e "e a u", no CRAC Alsace, Altkirch, França. Em 2016, exibiu a individual "SOLTO", no Sesc Nova Iguaçu, "E de novo montanha, rio, mar, selva, floresta", no SESC Palladium, Rio de Janeiro e o "Solo Presentation", da galeria A Gentil Carioca durante a feira Art Basel, na Suíça.

     

    Suas obras integram diversas coleções de arte, dentre as quais: Instituto Inhotim, Brumadinho; Coleção Gilberto Chateaubrian I MAM Rio; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Associação Brasileira de Artes, São Paulo; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte; Funarte/ IBAC, Rio de Janeiro; Georgia Museum of Art, EUA; Arizona State University Museum, EUA; MoMA Museum of Modern Art, EUA; The Cisneros Art Foundation, EUA; Henry Moore Foundation, Inglaterra; Victoria and Albert Museum, Inglaterra; Fundación ARCO, Espanha; TBA21 Thyssen Bornemisza Art Contemporary, Áustria.