Abre Alas 8
Adriano Costa, Aleksandra Urban, Alexandre Brandão, Amadeo Azar, Amanda Mei, AoLeo, Arthur C. Arnold, Bete Esteves, Carlos Nunes, Celina Portella, Chico Fernandes, Escobar, Fabio Tremonte, Fran Junqueira, Francilins, James Eisen, Kristofer Paetau, Lilian Maus, Maíra das Neves, Marcelo Amorim, Márcio Vilela, Margit Leisner, Maria Mattos, Marina de Botas, Paula Huven, Polyanna Morgana, Renato Bezerra de Mello, Romy Pocztaruk, Sérgio Fernandes, Sofia Caesar, Ulisses Lociks, Umbigo Group, Walter Gam, Wilbor, Yara Pina
Curadoria de Alexandre Vogler, Daniela Labra, Marcelo Campos
Sinceramente, achamos que ia ser fácil, rápido e curto. Mas não foi nada disso. Apesar do susto em ver mais de 300 portfólios para serem selecionados aos 45 minutos finais do segundo tempo de 2011, a tarefa de escolher dali 35 artistas foi encarada com seriedade mas também muito bom-humor e determinação pela comissão de curadores.
Embora seja uma mostra aparentemente voltada para a apresentação de jovens nomes das artes visuais no Brasil, ao longo de oito anos o Abre Alas ganhou ares de salão internacional. Assim, qual foi a nossa surpresa ao nos depararmos com uma diversidade de propostas, nacionalidades e trajetórias muito maiores do que o esperado.
Focamos nossas expectativas na chegada de propostas que ousassem na ocupação do espaço, na utilização de materiais inusitados ou na demonstração de renovação de meios, escalas e técnicas mais categóricas. Assim, não tivemos um desenho rígido de temas ou assuntos que norteassem as escolhas. Ao contrário, a própria seleção determinou o desenho da exposição. Uma curadoria com a postura de aprendizado, troca, surpresa.
Em meio à quantidade, havia muitos artistas já inseridos no meio de arte brasileiro, com passagem por mostras e instituições importantes.
Percebemos que a exposição Abre Alas já estabelecera sua relevância no calendário das artes. Porém, sem desprezar o trabalho dos mais "maduros", a comissão entendeu que esta exposição deveria se manter o mais próximo de seu propósito original: dar preferência a artistas sem galeria e em início de carreira, além de apresentar alguns nomes com certa trajetória, mas pouca, ou nenhuma, atividade no Rio de Janeiro.
O Abre Alas 2012 caracterizou-se por ser a edição mais "cheia" de todas — entretanto a escolha dos 35 artistas não foi fácil. A qualidade dos portfólios recebidos nos deu uma dimensão positiva do bom nível da arte contemporânea que vem sendo produzida no país, assim como uma noção do crescimento e profissionalização do meio.
Por fim, agradecemos A Gentil Carioca pelo convite, e felicitamos o encontro da comissão de seleção pela leveza do processo que se deu entre gargalhadas e decisões acertadas, em momentos de cansaço físico às vésperas do Natal.
E agora, que venha o Carnaval!
Alexandre Vogler
Daniela Labra
Marcelo Campos