A mostra realizada simultaneamente no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e no Centro Cultural Justiça Federal apresenta 100 artistas brasileiros contemporâneos.
Ao passar pelo Rio de Janeiro a parada é obrigatória no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e no Centro Cultural Justiça Federal. A ampla exposição curada por César Oiticica Filho, Evandro Salles e Luiza Interlenghi, apresenta o Brasil atual e completo, perpassando âmbitos político, social, econômico, ecológico e cultural.
Para tamanha ambição, o time incluiu mais de cem artistas, entre diversos nomes de peso como Cildo Meireles, Anna Maria Maiolino, Ayrson Heráclito, Anna Bella Geiger, Adriana Varejão, Lenora de Barros, Regina Silveira e Nuno Ramos, que se juntam a jovens artistas como Maxwell Alexandre, Arjan Martins, Yhuri Cruz, Aline Motta e Ana Linnemann.
A abertura no dia 07 de setembro foi marcada pelo grande cortejo, como um bloco de Carnaval, com artistas plásticos, músicos, poetas, atores, coletivos e dançarinos percorrendo as ruas em direção à Praça Tiradentes. Mas a inspiração do Carnaval não parou por aí. A mostra também foi dividida em alas, como nas Escolas de Samba, apresentando orbas que vão da música às artes visuais.
A coletiva também é recheada de obras inéditas como a projeção digital do NFT Marielle Franco e a Bandeira que traz a inscrição “democracia, justiça, paz” no lugar do original “ordem e progresso”, ambas de Cildo Meireles. Vale citar também uma das obras de Ernesto Neto que questiona: “em que data celebramos o fim da ditadura?”. E ainda, uma faixa de tecido pintada por Julia Xavante que carrega a frase “Eles Combinaram de Nos Matar, e Nós Combinamos de Não Morrer”.