Banhar-se na Cachoeira do Grajaú, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio, é um dos prazeres de Marcela Cantuária. Mas não é um prazer solitário. A força do coletivo atravessa a experiência da artista carioca tanto na vida pessoal quanto profissional - se é que tal divisão é possível para quem tem a paixão como ferramenta de trabalho. "Meus objetos de inspiração se dão por meio do contato com o outro, observando a realidade, sentindo os acontecimentos históricos, que são feitos coletivamente. É a água que eu bebo", conta ela para CLAUDIA numa conversa regada a gargalhadas e um lacrimejar represado quando toca em episódios sensíveis.