“Originário da costa Sul do litoral do Peru, o povo Paracas enterrava aqueles que se encantavam com grandes mantos, inteiramente feitos à mão, de lã de camelídeos e pigmentos naturais. Nos tecidos, bordavam os ancestrais que comportavam características e poderes diversos. Assim, os mantos serviam de proteção e acompanhavam os encantados na passagem para o outro mundo. Na transcendência da vida terrenal para o outro plano, reencontrariam as divindades. As crianças mascaradas são o fio que une o passado, o futuro e o agora. Quem segura uma cerâmica moche sobrevivente segura um legado - uma criança Amaru (serpente) que se permite ser onça, criança e serpente ao mesmo tempo. Cada criança mascarada é cada fio do manto que está sendo bordado.”
Yanaki Herrera

“Originally from the southern coast of Peru, the Paracas people buried those who were enchanted with large mantles, entirely handmade, from camelid wool and natural pigments. On the fabrics, the ancestors who had different characteristics and powers were embroidered. Thus, the mantles served as protection and accompanied the enchanted ones in the passage to the other world. In the transcendence of earthly life to the other plane, they would find the deities again. The masked children are the thread that unites the past, the future and the now. Whoever holds a surviving Moche pottery holds a legacy - an Amaru (serpent) child who allows himself to be a jaguar, child and serpent at the same time. Each masked child is each thread in the mantle being embroidered.”
Yanaki Herrera