Maria Laet
Separação [separation], 2013
vídeo [video]
3’ 46’’
3’ 46’’
Copyright The Artist
'O vídeo “Separação” revela mãos persistentes, num movimento lento mas constante, que tentam desmembrar dois fios pretos que formam um grande nó. Qualquer nó se dá somente quando algo ou...
'O vídeo “Separação” revela mãos persistentes, num movimento lento mas constante, que tentam
desmembrar dois fios pretos que formam um grande nó. Qualquer nó se dá somente quando algo
ou alguém invade algum limite. O nó é o resultado de uma suspensão de fronteiras, intencional ou
não. Maria afirma a um só tempo a existência dos nós como conseqüências inevitáveis de se estar
vivo e a busca por desatá-los como igualmente necessária. Como uma fita de moebius, aqui não
existe início, nem fim. A tentativa de desfazê-lo mostra-se ainda mais árdua pela proximidade com
que o gesto é realizado. A distância mínima evoca aquela que usamos para costurar, ler, comer, ou
falar com alguém íntimo. Por serem fios da mesma cor, ambos pretos, torna-se difícil discernir cada
um. A individuação é um processo necessário, porém penoso'. (Luisa Duarte, 2014 - http://marialaet.
com/en/textos/situacao-de-agua/ )
'The video “Separação” reveals persistent hands, in a slow but constant movement, that try to dismember
two black threads that form a big knot. Any knot occurs only when something or someone
invades some limit. The knot is the result of a border suspension, whether intentional or not. Maria
affirms at the same time the existence of knots as inevitable consequences of being alive and the
search to untie them as equally necessary. Like a moebius ribbon, there is no beginning or end
here. The attempt to undo it is even more arduous due to the proximity with which the gesture is
performed. The minimum distance evokes that we use to sew, read, eat, or talk to someone close to
us. Because they are threads of the same color, both black, it is difficult to discern each one.
Individuation is a necessary but painful process'. (Luisa Duarte, 2014 - http://marialaet.com/en/textos/
situacao-de-agua/ )
desmembrar dois fios pretos que formam um grande nó. Qualquer nó se dá somente quando algo
ou alguém invade algum limite. O nó é o resultado de uma suspensão de fronteiras, intencional ou
não. Maria afirma a um só tempo a existência dos nós como conseqüências inevitáveis de se estar
vivo e a busca por desatá-los como igualmente necessária. Como uma fita de moebius, aqui não
existe início, nem fim. A tentativa de desfazê-lo mostra-se ainda mais árdua pela proximidade com
que o gesto é realizado. A distância mínima evoca aquela que usamos para costurar, ler, comer, ou
falar com alguém íntimo. Por serem fios da mesma cor, ambos pretos, torna-se difícil discernir cada
um. A individuação é um processo necessário, porém penoso'. (Luisa Duarte, 2014 - http://marialaet.
com/en/textos/situacao-de-agua/ )
'The video “Separação” reveals persistent hands, in a slow but constant movement, that try to dismember
two black threads that form a big knot. Any knot occurs only when something or someone
invades some limit. The knot is the result of a border suspension, whether intentional or not. Maria
affirms at the same time the existence of knots as inevitable consequences of being alive and the
search to untie them as equally necessary. Like a moebius ribbon, there is no beginning or end
here. The attempt to undo it is even more arduous due to the proximity with which the gesture is
performed. The minimum distance evokes that we use to sew, read, eat, or talk to someone close to
us. Because they are threads of the same color, both black, it is difficult to discern each one.
Individuation is a necessary but painful process'. (Luisa Duarte, 2014 - http://marialaet.com/en/textos/
situacao-de-agua/ )