Arjan elabora uma análise artística em tempo supra-real, sua imagética e a expressão de suas pulsões trabalham e reagem aos símbolos do período das expansões marítimas e da escravidão dos corpos negros, como a caravela, o globo terrestre em disputa, os africanos escravizados e as ferramentas de navegação como marcas desse tempo. Estes temas abordados são velhos conhecidos do artista: migrações – em especial aquelas ocasionadas pelo tráfico negreiro – e a questão da identidade étnica. Seus personagens já consagrados se repetem, gerando uma reflexão sobre identidade e representação. É o caso, por exemplo de João Cândido, também conhecido como o “Almirante negro”. Líder da revolta da Chibata, Cândido assumiu a liderança do motim pleiteando a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira que sucediam na época.

[Arjan elaborates an artistic analysis in super-real time, his imagery and the expression of his own drives work with and react to the symbols of the period of maritime expansions and the slavery of black bodies, such as the caravel, the dispute over the terrestrial globe, enslaved Africans, and navigation tools that are the marks of that time. These themes are old acquaintances of the artist: migrations - especially those caused by the slave trade - and the issue of ethnic identity. He repeats his already established characters, generating a reflection on identity and representation. This is the case, for example, of João Cândido, also known as the “black Admiral”. Leader of the Chibata Revolt, Cândido led the mutiny calling for the abolition of corporal punishment practiced in the Brazilian Navy at the time.]