Os objetos descartados deixam vestígios do que somos, e mesmo do que fomos. Ao encontrá-los pelas ruas da cidade, Jorge Cupim realiza uma nova arqueologia, reversa e diversa, em que os artefatos recolhidos tornam-se parte de uma “arqueologia urbana” reconstruída, subvertendo e acelerando o processo natural para a eclosão de um futuro fóssil. Em cada uma das memórias coletadas o artista vai cravejando no presente camadas que trazem inúmeras possibilidades de questionamentos e desdobramentos do nosso convívio em sociedade, do consumo desenfreado, dos descartes inadequados, evidenciando a necessidade de repensarmos nossas ações hoje.

Disposed objects leave traces of what we are, and even of what we were. By finding them on the streets of the city Jorge Cupim performs a new archaeology, reverse and diverse, in which the collected artifacts become part of a reconstructed "urban archaeology" subverting and accelerating the natural process for the emergence of a fossil future. In each of the memories collected, the artist sticks layers into the present that bring countless possibilities for questioning and unfolding our coexistence in society, unbridled consumption, inadequate disposal, highlighting the need to rethink our actions today.