Denilson Baniwa
Denilson Baniwa narra um modo específico de ocupar o lugar hegemônico da arte, partindo do pressuposto da preservação de algo incomum, incomensurável e, até mesmo, incomunicável. Ocupar como partilhar lugar, sem anular as diferenças, mas, pelo contrário, manifestando-as como um convite à relação epistêmica que pode transformar aquele lugar que, agora, parece se deixar cindir pelos que haviam sido deixados de fora.
- Renata Marquez, A língua das onças e das lontras, 2020
Às vezes o desafio não é ocupar posições. Quando as que existem não servem, é necessário criar algo novo. Denilson Baniwa é um artista indígena; é indígena e é artista, e seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de fazer arte, onde processos de imaginar e fazer são, por força, intervenções em uma dinâmica histórica - a história da colonização dos territórios indígenas que hoje conhecemos como Brasil - e interpelações àqueles que o encontram a abraçar suas responsabilidades.
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Forrobodó
9 Setembro 2023 - 13 Janeiro 2024 Rio de JaneiroA Gentil Carioca tem o prazer de apresentar Forrobodó, exposição coletiva que marca os 20 anos da galeria e celebra o potencial político, poético, estético e erótico das ruas, com...Leia mais -
Denilson Baniwa | Moqueca de Maridos
26 Agosto - 23 Setembro 2023 São PauloA Gentil Carioca tem o prazer de apresentar Moqueca de Maridos, exposição individual de Denilson Baniwa em nossa sede de São Paulo. “Na série “Moqueca de Maridos” – título delicioso...Leia mais -
Denilson Baniwa | Frontera
12 Novembro 2022 - 21 Janeiro 2023 Rio de JaneiroA Gentil Carioca convida para a abertura de Frontera, primeira exposição individual de Denilson Baniwa na sede da galeria no Rio de Janeiro, este sábado, 12 de novembro, das 18h...Leia mais
Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, Denilson Baniwa é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza palestras, oficinas e cursos, atuando fortemente nas regiões sul e sudeste do Brasil e também na Bahia desde 2015. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de tv.
Em 2023 inaugura a individual “Moqueca de Maridos” n’A Gentil Carioca de São Paulo, participa da 35ª Bienal de São Paulo - "coreografias do impossível", da primeira edição da Bienal das Amazônias - Belém do Pará, e ocupa o octógono da Pinacoteca de São Paulo com a instalação "Escola Panapaná". Em 2022 apresentou sua primeira exposição individual n'A Gentil Carioca, "Frontera", e curou a exposição "Nakoada" no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 2021, apresentou a individual "Inípo - Caminho da Transformação" no Instituto Goethe, em Porto Alegre. Em 2018 realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, também em Niterói, como parte do projeto “Brasil: A Margem”, promovido pela universidade. No mesmo ano, participou da residência artística da quarta edição do Festival Corpus Urbis, realizada no Oiapoque, no Amapá. Esteve em exposições no CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Em 2019 venceu o Prêmio Pipa na categoria online e em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri.
Às vezes o desafio não é ocupar posições. Quando as que existem não servem, é necessário criar algo novo. Denilson Baniwa é um artista indígena; é indígena e é artista, e seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de fazer arte, onde processos de imaginar e fazer são, por força, intervenções em uma dinâmica histórica - a história da colonização dos territórios indígenas que hoje conhecemos como Brasil - e interpelações àqueles que o encontram a abraçar suas responsabilidades.