Para a Frieze New York 2024, A Gentil Carioca (Stand B03) apresenta um diálogo entre obras das artistas brasileiras Laura Lima e Vivian Caccuri e da angolana Ana Silva.
Na prática de Laura Lima, o uso de matéria viva incita tensões e mutações. A práxis vital do tempo da experiência e a prática filosófica são elementos fundamentais em seu trabalho, que varia de meios. Suas obras produzidas a partir de fios de tecido trançados, por exemplo, estão em constante transformação, com sua conclusão sendo definida no futuro devido à ação de materiais naturais que se transmutam lentamente.
Vivian Caccuri experimenta o som em composições incomuns que desorientam o arranjo convencional das experiências cotidianas. As investigações da artista tangenciam o corpo, a memória e a história, e a partir desses elementos a artista constrói delicadas telas costuradas e entrecruzadas com fios e linhas, pedras e contas, que figuram paisagens misteriosas, além de esculturas sonoras que emanam ora delírios, ora ruídos, ora melodias e mantras.
O trabalho de Ana Silva surge da exploração de materiais de fácil acesso, referindo-se à sua experiência pessoal de escassez em Angola. Usando a técnica da costura e do bordado em sacos plásticos trançados e crinolinas, Ana cria personagens na tentativa de agregar valor e poesia à existência do material, destacando a sua trajetória e o seu potencial de transformação.
